segunda-feira, 20 de junho de 2011

Desafio da semana






Amores, quero dizer que foi um grande, imenso, enorme prazer ficar fora por uns dias e quando retornar, me deparar com os textos de nossos novo(a)s colaboradore(a)s. Z. e O adorador, além de estimular-me com o post (sempre excitante) da amiga Merteuil. Enfim, espero que vocês, delícias, sintam-se muito à vontade por aqui sempre, viu?
Para dar continuidade aos nossos devaneios, coloco as imagens acima e sugiro (mais uma vez) o próximo desafio. Acho Schiele, o artista que as produziu, um grande sacana, no melhor dos sentidos, e com um olhar incomum sobre o erotismo. E vocês, o que acham? Que tal escolher a imagem que quiserem como mote ou inspiração?
Depois deste desafio, passo a bola para O adorador, que fica responsável, depois dos próximos posts a sugerir um tema, ok?
Beijinhos de língua. P.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Inverno de séculos

Houve estações. Desejo amanhecido em brotos primaveris: o primeiro beijo, as mãos dadas, símbolo universal de um amor que ainda não é aguilhão na carne. O tórrido da pele contra a minha, o pau marcando-me como se em brasa pudesse escrever: daqui pra diante nunca mais a mesma. Alto verão.

Calor e fogo de anos, de tantos corpos, de outros namorados, maridos, amantes, até de um ou outro passante, quando, eu, aos quarenta graus, em plena chama do querer, encontrava os homens habituais adormecidos, indispostos, cabeça cheia e paus murchos.

E então, o inverno. De séculos. Não sei quando nem como começou. Sei que um dia, debaixo de alguém, sendo comida vorazmente, mãos em meu peito, boca percorrendo-me em sedes, eu vi: o sexo é algo ridículo. Desde então, nunca mais. Ao vestir-me, olhei incrédula pela janela: flocos de neve? Claro que não, imagina, bobagem. Passados anos, cumes cobertos de gelo, branco pelas ruas. Tremo, de um frio sem ardor, tudo geme, se estilhaça e quebra.

Hoje não. O café muito quente, alento para a gélida manhã. Impossível tomá-lo de imediato, mas por sobre a roupa o toque casual da xícara me fez sentir. Encostei-a de novo, desta vez, consciente. Senti-a, mais forte, mais quente, mais. Levantei a blusa e o frio de eriçar pelinhos inexistentes ameaçou-me. Dei um primeiro gole. Forte, amargo, bom. Encostei a xícara na pele nua. Sentia-a reconfortante, cálida. Abaixei a saia, mais um gole. Pressionei muito suave, em rápidos movimentos, depois mais forte, mais demorado, senti-a, senti-me.

A xícara na mesa, a calcinha aos pés. Verão.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Reflexo

Eu sempre fui assim, não adianta. Desde que me conheço como homem vivo desejando todas as mulheres por quais eu cruzo. E depois que cruzo com elas... Não sei se é doença, mas eu gosto de ser assim. E as mulheres também. Elas pedem, mesmo que inconscientemente, para que a comam, a destruam no maior sentido do prazer. Elas se vestem para o sexo o tempo todo. Freud estava certo. Ele afirmou que o sexo é instinto inconsciente em todos nós. Quando o ser humano vê alguém interessante, automaticamente ele pensa em sexo. Guarde sua hipocrisia para educar as crianças. Sexo é bom e fico pensando que mal há nele a ponto de ser um tabu entre as pessoas? Pura dissimulação de gente que não assume o que deseja. Ainda mais pela cidade, onde estão todos espalhados, preocupados com suas reuniões e aparelhos de última geração. Maridos viajando em suas loucuras corporativas enquanto as esposas ficam à mercê dos outros machos que, por sua vez - nem todos, claro - ficam à espreita de uma oportunidade. Eles trazem dinheiro pra casa, mas esquecem de, também, vir com a fúria corporal existente no homem. Com desejo de sexo, de amor, de carinho, a fim de satisfazer suas companheiras. E depois? E depois reclamam ou, de forma injusta, a julgam com as mais baixas nomenclaturas quando elas se sentem assim, euforicamente ansiosas por uma bela e faminta rola. Somos humanos, porra. E, independente de sermos homem ou mulher, possuímos desejos, fantasias, vontades, volúpias... E aí? E aí aparece alguém disposto a dar o melhor de si, a acompanhá-las nos momentos mais íntimos, a estar presente estrategicamente nas horas de carência, de se dedicar exclusivamente nas horas escondidas, e acaba que elas acabam se entregando, mesmo que não num primeiro momento – o que não muda nada, convenhamos. Eu sou assim. Desde pequeno eu soube captar a essência feminina. Me lembro quando criança de estar sempre atrás de alguma menina. Literalmente falando. Eu disfarçava um tropeção pra roçar a bunda delas ou fingia dor pra tocá-las. E elas gostavam. O instinto é humano e não depende de sexo. Após um tempo, elas se insinuavam, mesmo que de forma inocente ou inconscientemente. Não desvirtuei nenhuma delas. Sempre as respeitei. Isso que fazem aí fora é covardia. Tremenda sacanagem. Eu apenas alimentava a fêmea com o cheiro peculiar de um homem com desejos. E elas, como todas as fêmeas, captavam esse cheiro, repito: mesmo que tenha sido de forma inconsciente, e como se estivessem sido conduzidas, se entregavam. Sempre soube absorver e capturar com um olhar o desejo e carência que delas era expelido. Não me considero um depravado ou pervertido, pelo contrário. Eu não saio por aí cantando ou falando besteira a qualquer mulher que passa. Eu possuo respeito e exigo o mesmo, que fique claro. Acontece que quando a gente gosta e é aficcionado por uma coisa, a gente acaba exalando isso. Meio que fica escrito na cara o quão gostamos de determinada coisa. Acredito que comigo aconteça isso. Eu não rotulo ou pré-julgo ninguém. Apenas exponho o que penso e gosto e na maioria das vezes a mulher sente interesse. Fazer o quê? O marido ou namorado não gosta, mas eu e elas gostamos, entendeu? No fundo acho que até faço o bem. Entendo que relacionamentos são difíceis. Depois de um bom tempo de convivência, a coisa ou piora ou se acomoda. O cara já não liga pra mulher como antes por diversos motivos. A mulher vai sentindo-se desvalorizada, sentindo-se incapaz de despertar algo na pessoa com quem decidiu viver e acaba se acomodando. Se enfeiando e não percebendo isso. E aí a relação esfria sentimentalmente. Sexualmente, praticamente inexiste. É aí que entro pra salvar a relação. Com algo extraconjugal, a mulher não se sente tão desvalorizada. Ela se sente desejada em determinados momentos e acaba não levando “problemas” nem estresses ao marido que, por sua vez, em determinado estágio de vida, só quer paz e arroz. Ela não foca mais em casa. Seus pensamentos agora são de outros. A porteira foi aberta, meu camarada. E as coisas acontecem simplesmente porque precisam acontecer. Ela agora, envaidecida e envaidecendo-se, tem outro tipo de empolgação que está bem distante do fogão e do ferro. Sendo assim, deste modo, não há porque negar a afirmação de que acabo levando (mesmo sem estar presente) paz às relações terceiras, num é verdade? E ainda tem nego que me acha vulgar e canalha?? Ah, vão se foder. Eu gosto disso mesmo e assumo. Eu amo. Eu adoro sexo. E elas também. Repito toda hora porque isso me faz bem, me acalma e me dá paz. Os executivos em suas reuniões desejam apenas lucro e cifras altíssimas. As esposas deles, desejam apenas um cartão de crédito ( que eles fornecem ) e uma boa e gostosa gozada ( nesse caso, fornecido por mim). É ou não é um bom negócio?? Elas pedem, volto a repetir. Elas gostam. Pedem que eu dê na cara delas. Eu capricho. Nada de porrada, apenas dosados e tentadores tapas que a deixam com aquela sensação de êxtase. Sentem-se dominadas, desejadas, devoradas, consumidas, consumadas....deliciam-se em mim enquanto me delicio nelas. É justo, concorda? Em meio a tanto caos urbano, tanta violência, as pessoas precisam trabalhar menos e gozar mais, é ou num é? Porém, quem enxerga isso?? E aí, uma me recomenda pra outra, que passa meus desejos pra uma terceira, que me liga e marca de sair. Elas já sabem o que quero e já sabem também o que desejam. Não há porque esperar outra coisa. Amor elas têm em casa com os filhos, cachorros que nutrem carências e amigas com quem irão fofocar depois ao telefone que virá com a conta cara que será paga pelo marido. Com isso, não tem perda de tempo, coisa rara e sagrada hoje em dia. Elas pedem mais, pedem que eu as prove, experimente, lamba, chupe-as, sussurre, grite, aperte....elas querem viver, coisas que os relacionamentos atuais não permitem ou impedem. Elas querem viajar. Desejam sentir-se damas, meninas, moças, puritanas, cachorras, piranhas, safadas, vadias. Sabem que não são e possuem potencial bem longe disso. Muitas também são executivas, possuem seus altos cargos e suas responsabilidades lá no topo. Mas, ao menos pra mim, não esquecem que antes disso tudo são mulheres e, assim como elas, possuem suas maiores fantasias e loucas vontades de se entregar de verdade pra alguém que não está nem aí pra pudores ou pré-julgamentos. Elas, assim como nós, possuem seus desejos e vontades acumuladas por essa sociedade pra lá de hipócrita onde o homem pode ter amantes e comer as amigas das amantes, inclusive. A mulher – tadinha – a mulher fica em casa com a barriga no tanque. Sociedade que tanto buscou a igualdade dos sexos fazendo com que elas tenham se descoberto, se revelado, se soltado e hoje estão aí. Pro que der, dar e vier. Hoje elas trabalham, malham, ensinam, lecionam, buscam as crianças no colégio, pagam contas, riem, gargalham, e no fim dos dias também conseguem estar lá, com a barriga no tanque e mexendo a concha enquanto termina o feijão. A diferença de antigamente é que, hoje em dia, atrás dela tem alguém mordendo seus ombros, puxando seu cabelo, passeando com a mão por suas coxas, costas, lambendo e provando cada cm daquele corpo que anseia relaxar. O homem tão sonhado deliciosamente esfrega sua barba na nuca dela, que arrepia enquanto fecha os olhos e sente a respiração dele, a língua encharcando seus ouvidos, no mesmo momento em que um abafado gemido escapa dos lábios dela. As mãos do seu dono naquele momento descobrem suas partes mais íntimas, apertam sua cintura, sua bunda, mordem suas coxas, mordiscam seus seios, apertam , beliscam seu corpo intocado. Ele é voraz, guloso, animal, tudo que ela, neste momento, sente ser mais que ele. Ela não pensa em mais nada, apenas na louca vontade do momento. Ela já cumpriu o seu papel do dia. Ela já honrou os pagamentos, colocou as crianças pra dormir, deu atenção (que não é recíproca ) ao marido, agendou e marcou reuniões e todas essas coisas que as mulheres fazem em casa após um dia exaustivo. Agora ela tem tempo pra ser ela, ou melhor, dos desejos dela. Sem vergonha alguma...Ela anseia o momento que vai virar, morder e provar aquele cara. O momento em que vai ajoelhar, passar as mãos pelo homem e, sem pudor ou espécie de vergonha alguma, abrir o fecho éclair e engolir aquela pica inteira. Provando, saboreando, engolindo, esfregando na cara, batendo com ele no rosto, chupando o saco e repetindo esse processo por inteiro. Ela olha nos olhos dele. Ela se sente molhada, encharcada, e quer mais enquanto os olhos semi cerrados denunciam a liberdade de qualquer tipo de medo com a situação. Ela quer mais. Muito mais. Nem o marido na sala de casa a espanta. Foda-se ele no momento, fodam-se eles, ela e o cara, que nesta altura esta abrindo as pernas dela e deliciosamente mordiscando a buceta que implora por algo mais. “Me fode”, é o que pensa agora. Ou acha que pensou, mas falou, sussurrou, fraquejou com força e certeza. Ele aperta sua bunda enquanto, com a língua, experimenta todos os sabores que ela a ele proporciona. Foda-se o mundo. Fodam-se eles, obviamente. Ela pensa no quanto as relações estão falidas e no quanto, há tempos, ela deseja um momento como este. Uma cena como esta. Ela se perde em meio a prazeres e devaneios. Ela pensa e não age, apenas geme com sofreguidão, quase chorando. Ela sofre de prazer, se afoga entre soluços, desejos e vontades. Ela não percebe mais nada. Já está entregue no exato momento em que ele penetra com toda força sua já não mais usada buceta. Há quanto tempo ela não sente algo do gênero? Há quanto tempo não sente essa coisa louca, essa sensação de sentir-se preenchida, domada, usada, adorada e adorando? Ela sente o pau desvirginá-la novamente. Ela não percebe, mas já está de quatro na beira do tanque enquanto o cara soca gostoso, enquanto com uma mão a pega pelos cabelos e a outra castiga seu rabo com deliciosos e “ mais, bate mais, bate mais” tapas... Ela quer mais. Ela não quer mais nada. Ela ouve em alto e bom som: “ Geme sua vadia, geme. Era isso que você queria. Rebola gostoso, pois você queria isso: pica.”. Ela obedece, ela delira só com a sensação de obedecer. De sentir-se bem fodida. E ele não para: “Vai piranha, sinta-se desejada enquanto te uso, te como, delicio-te e me dou prazer...”. E então ela desfalece, ela delira, ela voa, flutua...e nesse tempo, enquanto flutua, mal percebe que já encontra-se de joelhos, com a boca aberta e a cara toda lambuzada, jorrada, suja e inundada de porra que ela chegou até a esquecer se gostava ou não disso.... ela sorri, ela gargalha, ela desfalece de vez, se sentindo de uma forma tão livre e feliz, talvez como nunca tivesse se sentido na vida. E, em meio a esta felicidade, ela não percebe que seu homem foi embora e que tudo não passou de deliciosos momentos de desejos e fantasias em sua mente carente... Eu sou assim, entende? Eu gosto de sexo. Elas gostam, elas desejam e eu também. Não me culpe por ser assim, digamos, imparcial com seus desejos e vontades mal-saciadas. Eu sou assim...e é isso que importa

terça-feira, 7 de junho de 2011

Pecado


Porque, baby, fuder contigo é minha oração. Repito enquanto me ajoelho, que seja bom, que seja luz, no escuro, noites e noites em claro. Céu, inferno, paraíso, morte, perdição, salvação. Eu e você. Cuspe, gozo, mais e mais e novamente. Morro e renasço em tí e para tí. Braços abertos. Pernas também.

Você crê em mim?

terça-feira, 31 de maio de 2011